quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Para Deus

Te entrego nas mãos o meu destino
Para que sejas senhor das minhas andanças
Te entrego nas mãos o meu caminho
Para que sejas culpado pelos meus tropeços
Te entrego nas mãos minhas decisões
Para que não pese a responsabilidade
Te entrego nas mãos minhas tragédias
Para que eu possa me erguer e dizer
que quizestes assim
Te entrego nas mãos toda a dificuldade
Para que eu possa esperar ao invés de lutar
Te entrego nas mãos toda a miséria do mundo
Assim não tiro do meu bolso
o pão para um mendigo
Te entrego nas mãos a violência
Para que eu não precise ir à rua lutar
e clamar por jstiça
Te entrego nas mãos meus pensamentos
Para que eu não conclua o quanto é covarde
fechar os olhos e acreditar em ti....

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Já tem muito tempo que eu não quero saber
Se vc tem tempo para me ver
Tanto faz
Já tem tempo que eu não penso em você
Mas você prefere não ver
que também pensa assim
Sobre mim
Você insiste naquele ditado
antes mal acompanhado
do que só
Sem você

Tem dó
Antes mal acompanhado
Eu quero estar só
Mal acompanhado
E só

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Onde está?

Onde esá o amor
Que escondi pra não chorar
e as mentiras que contei
antes de tudo se acabar?
Onde está a luz
dos seus olhos a me olhar?
Queria estar
em qualquer lugar
longe daqui
Não vai mais me encontrar
Naquela rua
aquele bar
Não vou mais estar
Nas palavras embriagadas
De um louco sem razão
Nunca mais vou lhe entregar
Assim tão fácil
Meu coração vazio
Do amor que escondi
Pra não chorar por que não sei mais
Amar sem ser amado

Mais uma vez sua falta

Desta vez não chorei
Nem quebrei copos
Não cortei pulsos
Não me feri
Desta vem andei
Esperei
e parti
Na hora certa
Sorri
Entendi
E continuei a caminhar
Quando entendi o fim
Aprendi recomeçar
Mesmo que a saudade
fique para sempre
em seu lugar
No dia que chorei
Deixei flores
E como me pediu
prometi não mais chorar
Quando prometi
Suspirei
e era seu nome
gravado pra sempre em mim.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A hora e o fim

Passos são lentos
Pesados
Cheio de pesares
A vida no fim
e a culpa pesando nas costas
Até ali chegara a conclusão
vivera perseguindo um sonho
e chegara a seu destino final
sem jamais ter sido a sombra do seu desejo
Sonhou demais
Amou demais
Chorou demais
Sofreu demais
E nunca lhe perguntaram
se os pés não estavam cansados
Chegara ali com consciência de que era o fim
e o que lhe doía era a sensação de tempo perdido
Um dia quizera amar
Amou
E morre sem saber o que é amar de verdade
A carne santa
Flagelada por expectativas
Esperas
Renúncias
Renuncia a vida por cansaço
Fecha os olhos
e percebe que a vida toda não valera nada
nada mais lhe prende
nada mais lhe resta
nada mais sente
nada mais é

Cinzas

Foi num vento forte que tudo se perdeu
Do fogo às cinzas
Eu e você
Um abismo
Só se ouve o eco
dos gritos em vão
Tanto amor...
Tanta solidão nos seus olhos
e nos meus a resignação
como condolências a mim mesmo
Tantas cinzas esalhadas pelo vento
tantos sonhos
tantos caminhos
Sem volta sigo com o passo cansado
de um velho de cem anos
que deseja parar por ali

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O dia do esquecimento

Hoje acordei com a sensação de liberdade
Depois de ter sonhado que andava pelas ruas
Sem procurar por alguém
Olhei à minha volta e não vi rostos amargurados
Procurei pelas cartas antigas e criei coragem
Queimei todas as lembranças que me prendiam ao passado
antes nesno de fazer uma releitura,
caso algum dia descubra que foi um erro
As fotos foram rasgadas e jogadas no lixo
Estava livre afinal
Andei pelos bares sem procurar por trejeitos
Caminhei por ruas em que estava sozinha
e não chorei
Pensei, estou livre afinal
Voltei para casa e percebi que comemorava minha maior prisão
tanto anseio por esquecer
era lembrar e reviver....

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Caminho...

Ninguém passou por aqui
Não foi caminho
Não foi rota
Não foi destino
Ninguém sobe quantos anos se passaram
desde que aqui se ouviu o último passo
Ninguém andou de pés no chão
Por esse caminho de pedras
pontiagudas
Ninguém se arriscou
Ninguém acertou
Ninguém errou
Ninguém sabe por onde andei
Niguém sabe em que pisei
Ninguém sabe o que sonhei
Ninguém sabe o que senti
Ninguém sabe para onde eu vou
Nem eu!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Tantas palavras jogadas fora
Desperdiçadas com ofensas
As paixões realmente são o mal da humanidade
Sem elas tudo seria monótono
Porém menos violento
Senti-me dono
capaz de escolher destinos
quando não sei ir só à esquina
Dizer o que devem ou não fazer
pensar
sentir
se não sei nem o que é melhor para mim
Não sei nem o sentio de tudo isso
agora
Por estar cego, num mundo de paixões
perdi o sentido de tudo que digo
não sei para quem digo
e nem sei se digo afinal
algo além de um amontoado de fonemas
que não formam nada com sentido real

Mais lembranças

O seu sorriso
ainda é o mesmo...
Mas no seu rosto há marcas
do tempo que não nos vimos.
Muito prazer
Nunca conheci você de verdade
mas agora tudo é mais claro
Agora é dificil me enganar
Não sitno falta
Algo está quebrado
Muito prazer
mas vou embora
com vontade de ficar
e vontade de sumir
Te dou o pior
em troca de nada

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Lembranças...

Saudade...
Está longe!
Além desta vida
além de qualquer entendimento recional
Não tento mais racionalizar sentimentos
Amar é perder tempo
Nesse caso literalmente
Vi fotos
e queria estar lá...
mas estou aqui
perdendo tempo com recordações tolas
ao invés de viver o presente
Por que fizestes de mim
o mais triste
entre os seres da terra?
Recordar
Reviver
Resofrer
Rechorar
Refugir
Remorrer

sábado, 20 de setembro de 2008

Beijinhos

Beijinhos doces
pra matar o tédio
Meu remédio
minha amada
minha doce
encantada
Minha eterna namorada
beijos doces
nada mais
só essa paz
do teu sorriso
Beijos doces
pra passar a vida
Minha vida
eu lhe juro
beijos doces
pra matar minha saudade
dos seus beijinhos doces
de amor e mel
Pra quê planos?
Pra quê tantos desenganos
Tudo muda no final
Pra que sonhos?
Pra que tantos passos sem direção
Pra que ler nas entrelinhas?
Para quê ser mais que minha?
Para quê minha menina?
Tudo muda no final
O mundo é tão irreal
E eu queria afinal
E as respostar nunca chegam no final

Solidão

Segundos
Minutos
Horas
O dia não passa
Me sinto como um passarinho
na gaiola
Dias
Meses
Quase um ano
Não sou daqui
Sou de Minas
Tenho ouvido muito Lenini
"E amanheço mortal"

As grades sutis que me predem
São bem mais do que muros altos
São a falta de cia
A falta de alegria
A falta de casa
Onde está minha casa?
E minhas asas
Pra voar daqui?!

Solidão...
uma releitura
do que toda alma sente

Se eu soubesse onde está a porta
Apontaria a direção

Tanto espaço vago
entre eu e você
Mesmo quando nada nos separa

"Toda essa procura não tem Fim
E o que é que eu procuro afinal?"
_Obrigada, Lenini,
por fazer a canção que embala minha dor
Você me olha
Eu lhe olho
Você me fere
Eu finjo que você não existe
Você me agride
Eu lhe dou as costas
Você me ignora
Eu volto correndo

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Assim

Amo te em mim
Sobre mim
dentro de mim
Como um suspiro
Um arrepio lento
Um suspiro certo
Amo-te assim
Como se não fizesses parte de mim
Como se estivesses distante
Como se ouvesse distância
Mas te sinto agora
Em mim
Sobre mim
Saio de mim

O amor é um deboche

O amor é um deboche
Escancarando os dentes
O amor é um deboche
Praguejando... uma serpente
O amor cega a gente
O amor cega....
Um deboche
Uma serpente
A procura de calor
de amor
de uma vítima
para o veneno fatal
letal
O amor é canimbal
O amor é um deboche
Pobre de quem ama
ridiculo és
deboche
debochado
condenado
O amor é um deboche
pobre de mim

Para que(m)?

Para que(m) tanto amor?
Olhos nos olhos
Brilho e lágrima
Para que(m) tanto desejo?
Corpo no corpo
gelo e suor
Para que(m) tando bem querer?
Bem me quer
Mal me quer
Bem te quero
Eu te quero
Para que(m) tanto sonho?
Lá nas nuvens eu te escondo
Eu me escondo
Eu te encontro
Eu me encontro
Para que?
Para quem?
Para mim
Só você
Para você
Estou aqui

Eu sou

Eu sei...
Sei que não sou normal
Sei que não sou igual
Eu sei..
Sei que sou um abismo
Sei que sou obscura
Eu sei...
Sei que sou
Eu sou
Eu sou eu
Sou eu
Eu sou
Sou
Assim sou
Assim é que estou
Como um plano de fuga
Uma rota perdida
Sei que sou uma ilha
Sei que sou de mentira
Eu sou mais que vêem
Eu sou mais que uma ilusão
Viva no coração de quem me ama
Eu sou isso
Isso sou eu
Sou eu isso?
Aonde você me perdeu????

terça-feira, 16 de setembro de 2008

À você, que me lê

Ninguém me lê como você
sabe exatamente o que penso
quando digo
em entrelinhas
qualquer coisa sobre mim
Você sabe o que sinto
como se sentisse por mim
Você sabe quem eu sou
como se existisse por mim
em cada pulsar desse coração vazio
Você sabe como estou
como se estivesse em mim
como se em mim coubesse
duas almas
duas existências
paralelas
Você existe além de mim
e faz parte da minha existência
Mesmo se um dia ela não mais existir

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Não enche

Queria resguardar minha breve existência
em um aviso de "PARE" na porta
Hoje não estou pra ninguém...
mas ao invés de respeitar isso
surgem as cobranças
_Porque isso agora?
_Porque você quer ficar só?
_Porque o céu é azul?
_Porque as estrelas estão no céu?
_Porque as estrelas do céu são diferentes das estrelas do mar?
Mas hoje não quero falar
Não quero explicar
Não quero dialogar
Estou participando de um monólogo
e não posso dar atenção à ninguém
Mas as perguntas continuam
_Onde está o troco do pão?
_Onde deixei a chave do carro?
_Porque você está com essa cara?
_Dá pra me responder?
Não, não dá não
E agora vê se me deixa em paz
Que essa noite vou dormir feliz no sofá!

Obrigada

Obrigada pela paz
Que me roubaste num sorriso
Mesmo estando só agora
Sei que sorriu para mim um dia
Obrigada pelos beijos
Pela mão nos meus cabelos
Pelas noites em claro
Por ter feito parte da minha história
Obrigada por tudo
Por sonhar por mim
Por cantar pra mim
Por me fazer dormir
Obrigada por um dia
Ter estado aqui

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Conto cosias sobre almas
de anjos trsites
Caídos de um céu de ilusão
Conto coisas que são segredos
traio minha confiança
e digo aquilo que não posso
Conto coisas sobre feridas
abertas e escondidas
que precisam de curativo
mas acabo lhes abrindo mais
Conto coisas sobre vidas
que não passam de uma esquina escura
sem movimento
e sem razão de ser
Conto coisas sobre mim
sobre quem penso que sou
sobre quem sei que não sou...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O amor é uma ilusão

Dizia que era amor
mas desistiu sem lutar
percebi que todo amor é ilusão
Você foi assim
mais uma ilusão
No primeiro vento forte foi embora
jurando amor mas nem olhou para trás
Nunca me pediu para ficar
Nem sequer pediu um beijo de despedida
Todo amor não passa de ilusão
Criada, cultivada e apagada
quando não tiver mais serventia
O amor é uma ilusão
Criada para fazer a vida menos só
para compensar a falta da amor próprio
Para fingirmos que somos capazes de amar
Mesmo sabendo
que o amor é uma ilusão.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Navalha na carne
Fresca
Corre pela lâmina
Sangue
Suspiro no escuro
Morte
Espero sozinha
Segredo
Uma lágrima póstuma
Incosciência
Um desejo profundo
Sede
Uma voz de anjo
Engano
Você era de mentira

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Obrigada por mentir

Obrigada
Doeu mas fez sentido
No meio de frases feitas
Tudo soa mais natural
Afinal
Quem é você?
Que faz de conta que vive nas estrelas
Que contas cenas da novela
E faz de conta que viveu
Logo eu
Acreditar em tanta conversa
Nessa ida e volta
em tantos segredos
Logo eu
Acreditar que podia ser a unica
Entre tantas conhecidas
Logo eu
Imaginar que pdoeria ser verdade
Tanta coisa
Tanta coisa
Tanta coisa!!!
Acreditar que poderia ser verdade
Tanta coisa!!!
Obrigada
Acreditar em tanta coisa
Acreditar em tanta coisa
Obrigada
Obrigada por acreditar em tanta coisa
Obrigada a acreditar em tanta coisa
Obrigada
Por mentir em tanta coisa
Obrigada por mentir
Obrigada a mentir...

domingo, 17 de agosto de 2008

Falando sozinha

A noite acabou
e o que fiz desse dia?
Nada além de mais um
Sinto que não posso mais mudar o que sinto
Sinto a presença da solidão
e uma pontada de desespero
Quero voltar pra casa
Sinto que aqui estou só
mas não adianta falar
Voltar pra onde?
Voltar pra quê?
Ontem bati a cabeça
Agora falo sozinha
Na verdade sempre falei
mas agora tenho desculpa
Machucou
senti medo
Adoro o medo
me faz ter coragem
Medo de ficar só
Coragem para libertar
Não nasci para prisões
ou convenções
Não tente entender
Não tento me entender
Falo comigo como se eu fosse uma estranha
cordialmente faço de conta que me interesso
pelo que posso sentir...

Nunca foi tão fácil fingir
Insisto em falar de mentiras
porque elas fazem parte do cotidiano
Sejam elas pequenas ou grandes
pro bem ou pro mal
De qualquer forma você podia ter insistido
dito que também menti quando disse que não queria
Perambulo a casa sem sono
Como quem nunca mais vai domir
Dormir é uma forma de morrer
e se arrepender depois
Talvez eu não me arrependa
acho que por isso não consigo dormir
Não me arrependo de nada
Mas consertaria muita coisa que quebrei
De fato sou uma pessoa muito desastrada
"A estrada é muito cumprida"
canta alguém na minha cabeça
"Nunca saí do lugar"
Sequer posso fazer barulho
Ouço música baixinho
Lembrando do que quero esquecer

sábado, 16 de agosto de 2008

Engano a quem me engana
Digo que não amo
a quem me ama
Não tenho remorso por mentir
descaradamente
Há muita coisa que não se muda
Velhos conceitos são sempre fiéis companheiros
Acredito no que julgo certo
Você também
Seria uma eterna luta
defesa
Diferentes demais
Assim não dá
Despeço-me com um sorriso falso
que esconde uma lágrima fria
Ainda julgo certo ter razão
Escondo o amor debaixo do tapete
Dilacero-me com a lembrança
mas insisto em fingir que nada aconteceu....

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Carta

Engasgo
Certas coisas não sei responder
Não quero responder
e me violento ao ouvir
Mas respiro
Faço de conta que nada foi dito
Palavras são só palavras
Interpretação
Feridas
No fim da noite uma lágrima
despe-me de minha armadura...
Lembranças das palavras
que ecoam na minha cabeça
Certas coisas nunca devem
ser ditas por ninguém
Tanto ódio
em um simples papel branco
Manchando de amargura
A noite que tinha estrelas
Mas nada disso vai durar muito
Amanhã outras palavras virão
e não serão mais que palavras
ditas sem pensar
sem querer...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Idiotices

Ouço velhas músicas
Revejo bons tempos em um filme particular
Te largo falando sozinha
Certas coisas só eu entendo
Não adianta mesmo explicar, dá preguiça
Tenho saudade da bagunça no sábado
Dos bêbados, roucos companheiros de sempre
Da histeria de mais uma garrafa
Mas você não entende
Que há mais sol lá
E que as noites são mais quentes
Por isso passo todas na rua
Buscando a brisa fresca da madrugada
Entre risadas entorpecidas por coisas ilícitas
Mas você não entende
A liberdade de não estar sóbrio
De dizer coisas sem sentido
De abraçar velhos desconhecidos
E refazer velhas amizades
A cada madrugada
Mas você não entende
Que a vida é mais feliz assim
Em bando
Barbarizando a mesmice
Horrorizando os moralistas
De uma pequena cidade do norte
Que abriga minha matilha
Transgredir sempre as mesmas regras não tem graça
Quero novas regras, novas ruas
Só não quero um novo bando
Quero ganhar o mundo levando na mala
Um pouco de cada...

Guerra Fria

Você me olha,
E eu sei o que diz
Mas finjo não entender
Para não nos desentendermos
Retribuo o olhar
E você sorri como se não fosse falso
Eu retribuo como se acreditasse
Assim somos cordiais
E imorais
Com um esforço te desejo um bom dia
Com vontade de dizer : _ Foda-se
E você me responde como se acreditasse que eu lhe desejo bom dia
Eu lhe desejo bom dia!
Eu lhe desejo bom dia?
Eu lhe desejo bom dia
Quem sabe no inferno também não existam manhãs de domingo!
Não dá para ser indiferente
Hoje vi que andei de olhos fechados
e por muito tempo
Desde antes
Era capaz de perceber certas coisas
mas para não me ferir fazia de conta
e nada existia
A existência é algo muito complexo
Queria experimentar a sensação de não existir
Mas presa em mim
passo o tempo tentando recontar uma velha história triste
Ontem fiz algo muito errado
Que nunca vou contar para ninguém
e hoje queria acertar
mas nunca sei consertar nada
Não quero mais nada de mim
a não ser a possibilidade de pensar só no amanhã
Mas me vejo presa num labirinto
que me leva sempre ao passado
Ontem lembrei da morte
e queria não existir
certas lembranças me dão arrepios
Ontem brinquei com a vida
em doses de remédios para dormir
Queria não existir
Mas sonhei ao invés de morrer
Mas se a morte for um sono eterno
de nada vai adiantar
pois sempre que durmo
sonho com o que tento esquecer
Se for pra sonhar eternamente
Prefiro tentar viver

Mais um

Olho para cima...
do meu lado pessoas que não me dizem nada
Não me vejo mais um
no meio dessa gente.
Conceitos ultrapassados
e a crença fanática em um livro de velhas histórias
Leis
Ordens
Eu no meio
e nenhum vínculo
Não consigo gostar dessa gente
Sem ideal, que ama sua rotina
que reza e agradece a desgraça
de viver no meio dessa multidão.
Gente sem imaginação
tudo tão igual...
os cabelos
as roupas
os gostos
não existe individualidade
Aqui todo mundo é igual,
mas não porque participam de uma sociedade igualitária
e todos tem os mesmos direitos e deveres
mas sim porque todos são medíocres
não se incomodam se a bala fere quem está ao lado
desde que esse alguém seja desconhecido
todos omissos
e submissos
à um deus e à uma vida sem graça
Não vivo feliz nesse lugar
Nem mesmo posso ser eu
Sob pena de morrer na fogueira
dos olhares maliciosos
de quem não sabe cuidar da própria vida.
Mas um dia vou embora
com ou sem você
Vou ser mais um, longe daqui!

Sobre meu trabalho

Inacreditávelmente já é dia
Tudo começa outra vez
Mais um dia vou para o trabalho
como quem vai para a forca
Cumprimento colegas que mal conheço
e vou cumprir minha rotina
como quem cava a própria cova.
Percebo na preocupação de cada um
um isolamento, cada um por si
não existe nada em comum
E hipocritaente fazem o que julgam certo
Falam sobre assuntos que nem conhecem
Defendem teses sem argumentos
Numa escola dirária de ignorância
Ainda me dizem que trabalham com prazer
De não se saber nem onde estão
O que são
O que fazem
e como fazem
Ô gente burra meu Deus
sempre palpitando no que não é da conta
E fazendo mal e porcamente
aquilo que lhes é de (in)competência
Porca sociedade capitalista
Que aprisiona pessoas em empregos sacrificantes
Em troca do feijão de cada dia
E de uma vida confortável
mas sem prazer
Porca sociedade capitalista
O que fazem comigo
Um dia farão com você!

Sobre a coragem

Admiro quem sabe decidir o que quer
sem pensar mil vezes
sem voltar do meio do caminho
Admiro quem faz aquilo que quer
quem faz sua vontade acontecer
Admiro quem não precisa de um empurrão
quem não tem medo de se jogar do abismo
sob a pressão da falha, da queda livre
Admiro quem não se rende ao fracasso pessoal
quem se acha capaz
Admiro quem não tem medo da morte
quem vive cada dia como último suspiro
Admiro quem não tem medo de errar
Mas sobretudo, admiro quem sabe converter seu erro
Admiro quem tem coragem
Quem não se abala por qualquer coisa
Quem sabe que nada nessa vida dura mais que o tempo...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Verdades

Conto mentiras
Que acredito ser verdade
Conto se a verdade existisse
Acredito em verdades criadas
Crio verdades no meu quintal
Verdades na minha sala
Verdades que não servem pra nada
Verdades que nem verdade são
Verdades que não dizem nada
Verdades que machucam seu rosto
Verdades que são mentiras
Da minha imaginação....

Ofício

Posso ser eu
Mas finjo
e já não sou
Posso brincar de contar segredos
que não são de ninguém
Posso ferir e até matar
Que nada vai me acontecer
Posso morrer por amor
ou trair sem remorsos
Posso ser tomado por uma loucura súbita
Perder qualquer vínculo com a realidade
Posso brincar de contar estrelas
Posso desafiar o perigo
sem temer por minha frágil existência
Posso ser bom ou não ser
depende de como me vêem
Posso falar com paredes
Contar minhas histórias
Posso ter vários inimigos
E tramar contra todos eles
Posso fazer o que eu quizer
sem temer a lei ou o olhar de reprovação
Pois quando as cortinas se fecharem
tudo será sem graça como era antes,
até que no dia seguinte
eu viva tudo outra vez....

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meias verdades

O rosto úmido
As mãos suadas
A voz trêmula
Descobri seu segredo
Não adianta me olhar assim
De canto de olho
Meias verdades
Grandes mentiras
E no fim de tudo
Nem um beijo de despendida

Tudo foi destruido
Pelas palavras que você não disse
E pelas verdades que criou
Achando que poderia me enganar sempre
Tento entender
Para quê?
Qual o sentido de viver uma vida não vivida?
De contar ilusões como passado?
De criar um futuro a partir de uma realidade que não existe?
O que lhe fez pensar que seria fácil fingir?
Seus argumentos sempre lhe contradizem...
E hoje,todas as verdades que você diz
Soam como palavras perdidas!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Remoendo velhas histórias

Eu não quero mais ouvir essas coisas
que me cortam os ouvidos
Seu nome passou a soar estranho
Como se fosse dseconhecido
Me desculpe se há mágoa
é pelo tempo não vivido
Sei que chorou escondido
pelas vezes que não te dei atenção
Não sei como dizer
Que nada foi o que pareceu
Me sinto andando em círculos
No meio de uma floresta escura
A saída está cada vez mais distante
A mágoa
é por você ter ido sozinha
Não sei porque ainda falo dessas coisas
Tanto tempo depois
Já estando acontumada
com esse labirinto
Você nem fez diferença
Acho que me sentia mais só ao seu lado
Me desculpe por não poder te dar adeus
Não foi assim que combinamos

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Como quem vive...

Encontro coisas suspeitas
Mas prefiro não comentar minhas certezas
No meio de cacos de vida
Isso poderia ser o último fio
As vezes dói
As vezes finjo que nada disso existe
Mas de fato percebo que sonho além do que posso

Acaba de amanhecer
Ao contrário de sempre,
Essa madrugada não te esperei
Contei luas e adormeci com a sensação de vazio
Acho que não sonhei essa noite
Não me lembro de nada que me trouxesse medo
Mas acordei como quem nunca dormiu
Um anjo me velou essa noite?
Alguém me chamou na porta?
Será que essa duvida é solidão?
Será que realmente preciso de você?
E você, é fruto da minha imaginação?
De qualquer forma ando por aí
Como quem vive nesse mundo
Como quem vive....

quarta-feira, 23 de julho de 2008

PUNK DO LIXO

Volta pro lixo...

Que sua loucura é ilusão passageira
Pra esconder quem você foi
De si mesmo
Volta pro esgoto
Que a covardia não é adimirável
Vive a vida fingindo que não vive

Volta pro lixo...

Pára de se entorpecer
para fingir que a vida não existe
Pára de andar de bar em bar
procurando cachaça barata
Pára de conversar com estranhos
fingindo ser o que não é

Volta pro lixo...

Suas idéis estão ultrapassadas
Os malucos do nosso tempo discutem outras coisas
Você está desatualizado
Se drogar não vai resolver seus problemas
Amanhã ao amanhecer
Estará novamente sóbrio
E aí?
Começa tudo outra vez
Por falta de coragem de se olhar no espelho

Volta pro lixo...

Que essa vida logo lhe trará a morte
Se é isso que procura
Seja mais justo consigo mesmo
E lhe atenda de forma mais rápida e indolor
Assim aos poucos...
Despertando a piedade alheia
Como quem procura por um olhar de misericórdia
É covardia

Volta pro lixo...

Que lá vivem os iguai à você
Os marginais
Os poetas
Os bêbados
Os drogados
Os libertários
Os libertados

Volta pro lixo....
Alguém pode estar lhe esperando!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ontem estava aqui
Brincando com aquele jeito bobo
de quem não se preocupa com o que fazer da vida...
Mas se despediu com um sorriso e partiu
Foi conhecer outros lugares
Outras pessoas
Me deixando assim
Pensando se ainda quero ficar aqui
Pensamdo na vida
Sentindo saudades

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A melhor forma de me perder

Nunca me diga meias verdades
Elas deixam no ar algo implícito
Que serão sempre interpretadas como um não
E mesmo que tudo seja o começo
Para mim parecerá o final
Nunca minta para mim
Mentiras destroem em segundos
o que pode ser ter levado uma vida para construir
Não perca minha confiança
do contrário jamais saberá quem eu sou
Essa é a melhor forma de me perder
Contando mentiras
Não me fale de um sentimento que não existe
Nem tente me enganar com um sorriso
Não te peço amor
Só a verdade
E se disser que me odeia
Não me machucará tanto
quanto se mentir que me ama
Nunca minta para mim
Ou me perderá para sempre...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Te amo

Te amo
irresponsávelmente
Um amor forte e denso
que me faz perder o juizo
que me faz parecer ridícula
que me faz quase infantil...

Te amo como quem ama a noite
e encontra escuridão
o medo do desconhecido
e a certeza de uma alvorada

E agora não sei o que fazer...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Não me censure
Entre tantas mentiras
Entre entre tantas máscaras
Digo apenas a verdade
Não tenho medo de cortar
Tenho admiração pela coragem alheia
Não me importa se dói
Me dê seus pulsos
E ouça a verdade
Ninguém é dono absoluto do que pensa
Ninguém diz a verdade
Por medo de ser condenado
Ninguém é dono da verdade
Ela não aceita prisão
Ninguém domestica o pensamento
Não se pode condenar quem tem coragem de mostrar o que é
Na verdade
Somos todos fantoches da vontade alheia

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Matando o tédio

Queria uma tarde inteira
poesia e vinho barato
artefatos de guerra
O que me inspira ?
O que eu inspiro?
Sua lembrança...
Uma lembrança?

Uma vaga esperança me toma

Era só delírio
Queria me esquecer de ontem
De que estou falando mesmo?
Não adianta tomar remédio
esse tédio não tem cura
nem tem nome
Nem sei por onde ando
Quando me encontrar assim, sorrindo
saiba que estou numa realidade paralela

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A madrugada

Procuro cia. para mais uma madrugada
Não tenho cerveja
E cigarros
Nem assuntos interessantes
Procuro amigo pra mais uma viajem
Além das músicas
Além dos livros
E das palavras
Além dos poemas
das lendas
das vidas
Procuro cia. para mais uma noite sem sono
Velando o ronco dos que dormem
Além dos dias
Das vidas
Da razão
Procuro cia. para uma estrada
Vazia
Sombria
A madrugada
Minha melhor amiga

Poema ao poeta morto

Ande sim,
Assim..
Com essa cara de cachorro sem dono
Com esse meio sorriso inteiro
Com a cabeça nas núvens
Sempre amiga dos olhos de fogo
Que tanto sentem saudade
Volte aqui
Para um último gole
E uma última piada sem graça
E não se esqueça do meu abraço
Volte aqui
Que vou contar aquele caso que você não gosta
Mas que só tem graça se vc está por perto
Ande tão a flor da pele
Zeca baleiro
Desafinos ao violão
Mais uma dose
É claro que estamos afim
De passar a noite em claro
Contando casos
Rindo da vida
Ou reclamando de tudo
Mas mesmo de mau humor
Entender o olhar
Seria preciso muito tempo para se construir algo assim
Especial demais
Pra você não preciso explicar
Você pesca no ar
O que quero dizer
Cumplicidade
Lealdade
Amizade
Pra sempre

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Queria que fosse poesia

Ascender um cigarro pra pensar na vida...
Fui tomada por uma urgência que não aguarda o cigarro
Parei de fumar!
E percebi que existe fome
Miséria e dor
Tomei então um gole de bebida barata
Para não pensar em nada
E percebi que há covardia
Omissão e suicídio
No dia seguinte um analgésico
Fuga,
Máscara, paliativo
Acordei de um sonho estranho
E percebi que não dormi
E que minhas fontes de inspiração são reais
Desespero, guerra, genocídio,
Amargura, desumanidade, incompreensão,
Falsidade, desigualdade social, preconceito,
De raça, de sexo, de cor,
Um mundo obsceno
surreal,
Queria que fosse só poesia!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

...

Não pense que te darei meu coração

Assim como quem entrega um tesouro

Nem espere que eu te mande cartas de amor

Não sei mais ser tão romântico assim

Até te dou um bejo na chegada,

mas detesto beijos de despedidas

Não sei me despedir de quem quero por perto

Não espere palavras

Sempre falo de amor pelos olhos

Como quem procura a alma

Sempre prefiro um sorriso...

Nunca me faça esperar mais que 5 minutos

E sempre me dê a mão para atravessar a rua

Não crio expectativas

Vivo cada segundo


domingo, 15 de junho de 2008

Ego-ísmo

Entre contes e feridas
hoje enfim tive uma das milhares de respostas que procuro
em mim, sobre mim
não sei ser ilimitadamente
doar mais que desejo receber
sempre espero algo
e esse algo me faz doer...
em todas as despedidas
sempre esperei um abraço em retribuição
ao carinho,
ao sorriso,
à paixão
ou ao ódio, que este é aliado das grandes batalhas
sempre esperei o reconhecimento
o agradecimento
ou a igratidão
mas esperei
e esperar dói
como um útlimo beijo profundo
em quem vai partir para sempre
sempre esperei das pessoas
masi do que elas podem me dar
talvéz por egoísmo
ou talvez poquê eu dê às pessoas
mais do que dou a mim mesma
e espero de alguém
aquilo que eu mesma não sou capaz de me dar

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Lista de desejos

queria poder voltar o tempo
refazer as meias verdades
mudar algumas rotas para não chegar aqui
queria ser de novo vivo
viver mais que um sonho num botequim
amanhecer na sarjeta para me sentir vivo
chorar a dor da alma numa dose de cachaça barata
ter coragem para dizer o que não se diz sóbrio
o que não se diz nunca
o que simplismente não se diz..
Queria me entorpecer
e me deitar sobre um peito qualquer
queria chorar mentiras
criar verdades
ser quem não ama
queria ter mais que lembranças
queria ser mais que criança
queria ter algo que me cortasse a carne
algo que me curasse a alma
alguém que me dissesse quem ainda vive em tempos de solidão
queria ser mais que uma esperança
queria ter mais que uma vida
queria decepar todas as raízes
queria lembrar quem sou
queria uma cia.
queria mais do que ser
queria ser mais que querer...

Soldado de Chumbo


As armas nas minhas mãos
São um sinal de que eu tenho o poder
E mesmo sem ter razão
O final vai ser do jeito que eu escolher

Corpos espalhados pelo chão
Crianças suplicando piedade
Almas perdidas suplicando redenção
O meu soldado é o dono da verdae

Eu já sei brincar de guerra

Mulheres choram um soldado perdido
Fazem silêncio pelos pulsos cortados
Vou encontrar o seu tesouro escondido
O meu soldado não vai ser derrotado

Eu já sei brincar de guerra

Sou aprendiz de um soldado de chumbo
Eu vou crescer com o gatilho engatado
Vou destruir o que incomoda meu mundo
O meu soldado não vai ser derrotado

Eu já sei brincar de guerra

Mulheres choram um soldado perdido....

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Essa menina

Em que lua mora essa brisa
que povoa os meus pensamentos
e que mesmo por um momento
foi capaz de me fazer feliz
Em que canto do céu mora o anjo
que cuida do meu coração
que me seduz com encanto
e que brinca com minha ilusão
Em que rua mora essa menina?
Cujos os olhos me fascinam
Em que luga desse mundo
Além da minha imaginação?

Saudade

Na noite fria em que você foi embora
ficou um vago, um vazio em mim
Você não podia ir agora
A minha vida é um precício sem fim

Eu sei,
Você não queria ir
Mas não havia mais forças pra lutar
Foi tão triste te ver partir
A sua mão eu tive que soltar

A gente morre todo fim de noite
E se essa noite não chegasse então
O fim da linha
O fim do dia
O início dessa solidão...

Sobras

Há dias em que a realidade parece escapar pelos dedos
e a lucidez parece uma cantiga de roda
A vida nada mais é do que uma daquelas brincadeiras que se tenta levar a sério
Hoje eu vi um anjo partir... e tudo ficou mais triste
Chorei escondido, mas não contei pra ninguém
Idas e vindas, ventos fortes
Parece trovejar, mas não é chuva
De tudo queria esquecer o que sou
Deveras a vida é muito dolorosa pra se querer tanto.
Tem muito por vir
e eu não quero estar aqui
não quero mais contar dias
Mais uma noite eu não pude chorar
tinha gente no quarto ao lado
Eu nunca saio daqui
só escuto tudo o que se passa...
o que não passa fica trancado no quanto escuro
Fico contando segredos pra ninguém
pra fingir que não sou sozinha...