segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Já tem muito tempo que eu não quero saber
Se vc tem tempo para me ver
Tanto faz
Já tem tempo que eu não penso em você
Mas você prefere não ver
que também pensa assim
Sobre mim
Você insiste naquele ditado
antes mal acompanhado
do que só
Sem você

Tem dó
Antes mal acompanhado
Eu quero estar só
Mal acompanhado
E só

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Onde está?

Onde esá o amor
Que escondi pra não chorar
e as mentiras que contei
antes de tudo se acabar?
Onde está a luz
dos seus olhos a me olhar?
Queria estar
em qualquer lugar
longe daqui
Não vai mais me encontrar
Naquela rua
aquele bar
Não vou mais estar
Nas palavras embriagadas
De um louco sem razão
Nunca mais vou lhe entregar
Assim tão fácil
Meu coração vazio
Do amor que escondi
Pra não chorar por que não sei mais
Amar sem ser amado

Mais uma vez sua falta

Desta vez não chorei
Nem quebrei copos
Não cortei pulsos
Não me feri
Desta vem andei
Esperei
e parti
Na hora certa
Sorri
Entendi
E continuei a caminhar
Quando entendi o fim
Aprendi recomeçar
Mesmo que a saudade
fique para sempre
em seu lugar
No dia que chorei
Deixei flores
E como me pediu
prometi não mais chorar
Quando prometi
Suspirei
e era seu nome
gravado pra sempre em mim.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A hora e o fim

Passos são lentos
Pesados
Cheio de pesares
A vida no fim
e a culpa pesando nas costas
Até ali chegara a conclusão
vivera perseguindo um sonho
e chegara a seu destino final
sem jamais ter sido a sombra do seu desejo
Sonhou demais
Amou demais
Chorou demais
Sofreu demais
E nunca lhe perguntaram
se os pés não estavam cansados
Chegara ali com consciência de que era o fim
e o que lhe doía era a sensação de tempo perdido
Um dia quizera amar
Amou
E morre sem saber o que é amar de verdade
A carne santa
Flagelada por expectativas
Esperas
Renúncias
Renuncia a vida por cansaço
Fecha os olhos
e percebe que a vida toda não valera nada
nada mais lhe prende
nada mais lhe resta
nada mais sente
nada mais é

Cinzas

Foi num vento forte que tudo se perdeu
Do fogo às cinzas
Eu e você
Um abismo
Só se ouve o eco
dos gritos em vão
Tanto amor...
Tanta solidão nos seus olhos
e nos meus a resignação
como condolências a mim mesmo
Tantas cinzas esalhadas pelo vento
tantos sonhos
tantos caminhos
Sem volta sigo com o passo cansado
de um velho de cem anos
que deseja parar por ali