segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Rosas pelo chão
Fragmentos da vida
Marcas mal vividas
Lembranças escondidas
Rosas no espelho
os olhos da saudade
o segredo que revelo
O caminho pra verdade
Rosas sua pureza
Refletida na lembrança
O que o tempo leva
O que o tempo há de levar
Rosas seus espinhos
quantas pedras no caminho


Quando tentou chorar
O céu se abriu
Ela descobriu então
que amar
è bem mais que a bela flor
que lhe enfeitava o dia

terça-feira, 7 de setembro de 2010

É chegado o limite
A linha tênue
O fio que se rompeu
Não é mais possivel distinguir
o bem do mal
o sim do não
a vida da morte
Tudo foi morrendo aos poucos
Até que sobraram cinzas empoeirando a lembrança
Quando virá a coragem?
É insano permanecer em meio ao caos
Quando será a partida?
Quem será autor do primeiro adeus afinal?
Sempre quis estar entre os sonhos mais belos
e as luzes deveriam me seguir
Mas quando digo que deixei tudo pra trás
Falo sobre mim
Me desconheço
Quem sou eu afinal?
Como juntei tantos cacos
Como vivi tanto sem nada ter conhecido?
mas é chegada a hora
e questionar passado é como prever o futuro
Um tiro errado, no meio do desconhecido

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Assuma os riscos
Abrace os erros
Eles fazem parte de você
Não dá pra fingir
Não adianta se esconder
No seu espelho vai estar
Você e as sombras do passado
Todas aquelas marcas do que viveu
Não adianta me esconder entre os travesseiros
Aquela mancha negra no seu sonho
Pode ser minha imagem
Pode ser os meus abraços
Pode ser você tentando me esquecer
Te perdoo por fugir
Sei o que você disse em cada palavra
Te perdoo por me ferir
Sei que tudo agora é quase nada

Te ofereci os meus defeitos
Hoje são tudo que há em mim
Nunca te vendi sonhos perfeitos
Eu nunca soube ser assim

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Pensamentos

O céu consola minha dor
brilha a luz do meu amor
Distante o pensamento vai
quando o amor se vai
levando um pedaço de mim

A lua traz o meu amor
Singelo ser de de cor e luz
Mas quando os sonho se distrai
O meu amor se vai
Levando tudo que há em mim

O céu consola meu amor
Brilhando a luz da minha dor
A lua clara se distrai
A luz da noite vai
Enquanto choro a sorrir

A lua leva a minha dor
A lua leva o meu amor
E quando o sonho se desfaz
No céu encontro a paz
Que ha muito não existe em mim

terça-feira, 27 de julho de 2010

Anjos caídos

Vim contando os passos
Vim catando os sonhos no chão
Procurando respostas
Pra ver que não sonhei em vão
Quanto tempo se passou
Desde o primeiro adeus
Quanto tempo se perdeu
Onde estão os olhos seus?

Inventei mil nomes pra saudade
Esperei mil horas pra chorar
Vi mudar a paisagem
Entre rosas secas e lágrimas
Acredito em anjos caídos
Vejo o amor em rostos inimigos
Quando a dor já parece abrigo
Quando durmo com o peito ferido
Luto com minhas convicções
Quantas almas pode ter uma mulher?
Amor santo
Paixão pagã
Me divido
entre o consciente e o devaneio
O certo e o errado
o bem e o mal
Posso dizer que não há distinção
Aquilo que julgo fruto do meu desejo
Me pode ser o céu ou a perdição
A santidade maculada
Pelo mal da solidão
Não sinto culpa ou remorso
Ardo entre beijos
Arrepio entre dedos
Como poderia me explicar?
Não vejo além de olhos e bocas
Me perco, me prendo
Fujo de me encontrar

Vermelho

Estou num beco sem saída
Acoada pelos olhos lânguidos
Olhos que mudam de cor
Estou entre o beijo e a volúpia
O vermelho paixão e do desejo
Desejo ver além dos seus olhos
Queria ler seu pensamento

De repente sou tomada por uma euforia
Euforia me lembra seu rosto
Seu rosto é paz
Mas como pode ser?
Circulo neste paradoxo
O dsejo se confunde
Me converte em beijos guardados
O rosto tingido de vermelho
Palavras que me tiram o ar

Quão sedutor pode ser um sorriso?
Voluptuosos sorrisos
Não contei, mas sonhei
Tive medo de ser clichê
E entre cada braço e abraço
Me entrego sem saber pra quem

Quem tira a minha paz?
Quantos nomes terei que dizer
Até acertar o seu?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Onde anda a coragem
de quem um dia deu a cara a tapa?
Onde anda a coragem
de quem enfrentou o pior pesadelo?
onde anda a coragem
de quem gritava com os inimogos?
onde está a coragem
de quem fez confete de cinzas?
onde está a coragem?
o fardo pesado, deixei
o sonho impossível, esqueci
o amor esperado, cansei
as pedras que odeio, conformei
e a coragem caminha sozinha, oposta
longe e distante
abandonei a esperança
e a coragem aos poucos foi se tornando covardia
e a covardia foi se tornado vergonha,
mas esse não é o começo
não pode ser uma bela história
a mocinha se rendeu
se perdeu pelo caminho
e de tando se confundir pelas estradas
de mocinha virou vilã de seu prórpio destino
exemplo triste
daquilo que não se deve ser
de que vale o meu vestido novo
se a alma veste trapos???

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Seu rosto já não é tão nitido
quanto naquele instante
Seu rosto já não parece abismo
Imagem distante
Quantas noites me peguei
pensando em você
quantas vezes acordei
sem saber o que fazer
Dizem que quem sobrevive a guerra
não perde o sol do amanhecer
dizem que quem vive à espera
morre sem conhecer
o amor
Já não guardo as lembrançãs
já não dói saber seu nome
Não sei por onde você anda
em que abraço você se esconde
do abismo da solidão

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aço

Olho pea trás
Não reconheço o que passou por nós
Mil vendavais
Destroem aos poucos tudo o que restou
A memória
Sustenta o peso das palavras
Quantas histórias cabem em cada madrugada?
É desumano não olhar pra trás
Fugir das marcas que te fizeram ser

O peito de aço já não quer sangrar
A cada queda levanta e vai
Ignorando a dor que leva
Ignorando o dia que passou

Dedo na cara

Descobriram toda a verdade
Verdade que não existe
Contaram coisas pela metade
Fatos que não existem
Disseram mais do que sabiam
Souberam mais do que se foi

Ninguém me conhece de fato
Ninguém contou as noites que passei em claro
Claro qué é mais fácil julgar

Disseram que sou inocente
Depois de me culpar por tudo
Disseram que me perdi no mundo
Depois de jogar tudo pro alto
Disseram que me deixo levar
Disseram que ando por aí
Disseram que não sei quem sou
Disseram que não sei o que é o amor
Alguém sabe quem sou?
Alguém sangrou por mim?
Alguém sabe pra onde vou?
Alguém sabe como cheguei aqui?
Alguém cuidou das minhas feridas?
Alguém me viu sorrir a dor?
Tão fácil dizer
Tão fácil mentir
Tão fácil julgar
Mas ninguém nunca saberá
Quem sou

sábado, 8 de maio de 2010

Esperar

Não me julgue errado
Não tenho vícios que não são meus
Não condene culpado
Por não sonhar sonhos seus
Não condene o amor
se ningué abraçou sua causa
se ninguém viveu por você
se ninguém mais se interessou
se você se sente sozinho
se ninguém lhe mostrou o caminho


esperar
uma desculpa pra morrer
esperar
um bom motivo pra viver
esperar
que alguém viva por você
esperar
outro dia amanhecer


Alguém pode não te dar as resposas
Alguém pode não lhe atender
Alguém pode lhe tirar o sorriso
Alguém pode se arrepender

terça-feira, 6 de abril de 2010

a vida anda um tédio sem remédio
desastres nos jornais
noticias tão banais
cad doido com sua mania
quem diria
talvez eu tente moda,
talvez eu faça arquitetura,
talvez eu perca a postura
mestrado em lisboa,
imigrante ilegal,
talvez eu corte pulso,
e comece a história no final
dizem que é questão de horoscopo
tem tanto tempo que não te vejo

pra onde ir por aqui?
por aqui pra onde vou?
pra tentar matar o tédio
me de o seu amor

segunda-feira, 29 de março de 2010

Além do que se vê

Cansei de procurar respostas
Em sonhos perdidos
Em nuvens de algodão
Em estrelas caídas pelo chão
Cansei de esperar
Pelo céu perfeito
Tenho respeito
Por quem ainda sabe amar
As semelhanças vão
Além do que se pode ver

Nem tudo o que se vê é amor

Passam os dias
As noites me scondem do espelho
A respeito disso
Nem sei mais o que dizer
Falta você..

Nem tudo o que se diz é amor
Nem tudo o que se sente é amor
Preciso dizer o que penso
sem meias palavras
preciso perder o medo
de machucar quem me fere
preciso perder esse tempo pensando
preciso parar de viver esse engano
preciso de uma nova vida
que essa já foi tudo o que podia

O que posso contra o tempo?

Novos rostos
Velhas histórias
o que posso
contra o tempo?
Velhos desconhecidos
Novos amigos de infância
O que posso contra o veneno?
Juras nunca cumpridas
Lealdade vendida
Não há o que compreender
Somos mesmo assim
O amor de hoje
Pode ser ódio no fim
Novos rostos
Velhos filmes
Já vi a vida pela janela
Mas não cheguei ao fim

O que posso contra o tempo?
O que posso contra o veneno?
O que posso contra velhas teorias?
O que posso contra uma vida vazia?

Novas idéias
Conceitos sórdidos
O que posso contra a maioria?
Nunca quis ser diferente
Mas não luto contra mim
Não me prenda no seu quarto escuro
Não sou a prenda que você ganhou no jogo
Eu não sou jogo pra te dar poder
Não vou me entregar tão fácil assim
Não me ofereça suas idéias sórdidas
Não me condene por não concordar
Não acredite que você vai ganhar
Não sou tão fácil assim
Não sou dessas pessoas
Que se deixam influenciar
Você pode até calar minha voz
Pra que eu não conte por aí
O que você faz
por conveniencia

sábado, 20 de março de 2010

A vida segue
um barco sem rumo
teimei em esperar
todos já tem novas fórmulas
para a felicidade
eu estou no mesmo lugar
eu teimei em esperar

não olhei pra trás
daqui sigo sozinha
com mais coragem
com mais verdade
meus conceitos
não estão à venda
não vou me seduzir
por vantagens pequenas

sexta-feira, 19 de março de 2010

O que você pode fazer
para ser diferente
o que você pode fazer
por você
pelo mundo
pela gente
o que você pode fazer
pra não chorar
pra não culpar o outro
qual a sua parte
faça a sua parte
seja sua a parte
que lhe cabe e segue em frente
o que você pode fazer
pela escuridão
o que você pode fazer
pela desilusão
o que você pode fazer
além de ser fiel
aos seus conceitos

Ei, você

Ei você
Pra onde foi?
Por que não levou consigo
Seu sonho
Ei você
Por que caminhou
Por que se esqueceu de lutar
Por que desistiu
Por que não fugiu
Pro que não tentou gritar
Por que deixou
O tempo passar
Por que deixou
Mais um dia acabar
Ei você
Por que não chorou
Quando doeu sorriu
Ei você
Por que se conformou
Quando seu grande amor partiu
Ei você
Por que deixou
O tempo passar
Por que deixou mais um dia acabar

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nem tudo o que se vê é amor
Nem tudo que se sente é amor
Nem tudo que se diz é amor
Nem tudo que se quer é amor

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pra você

Sobre a luz da lua, céu
Sobre céu com sol, azul
Em todo azul, o mar
Pra todo mar, uma canção
Sobre o meu caminho, eu
Pedras no caminho, achei
O sal dos olhos, uma lágrima
Nem tudo que devia, eu sei

Se eu não pudesse mais lembrar
Ainda teria o seu olhar
As luz dos olhos meu farol
A luz da lua, o céu o sol

Eu fiz essa canção
Pra lembrar você
A noite sonhos vão
Além do meu querer

A liberdade é voar
Olhar o céu pra te lembrar
Achar você numa estrela
Sentir seu cheiro ao chegar
A liberdade é encontrar
Nas suas mãos meu caminhar
Eu escolhi o meu destino
Levar você no meu caminho

* À minha borboleta, minha mais singela forma de dizer te amo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


Em quem devo acreditar?

Ir ou voltar?

Ficar ou partir?

Se já não sou mais capaz de discernir o mal

é por que deixei morrer toda parcela de bem...

Ohares me gelam, me condenam ao precipício

Fujo como por covardia

mas seria receio.

Sei a quem ferir mas guardo as armas

abandono a luta para não perder a dignidade.

Jamais ferir inocentes

E toda parcela de mal mostra-se frágil

E todo sorriso trocado fica guardado

Os olhos se apagam

Deixo um adeus para não serem dois, três...

Deixo, o que parece perder,

mas sei que ganhei

O que ganhei já tinha

mas nesse caso nao perder

é mais do que ganhar.

Perco o olhar, mas ganho...

Mas apesar de ganhar

não há méritos

não há conquistas...

Há luta, entre querer e ferir

entre matar ou morrer.

E na verdade nem era querer,

era qualquer coisa que não se assume

não se denomina

Era somente deixar...