terça-feira, 27 de julho de 2010

Anjos caídos

Vim contando os passos
Vim catando os sonhos no chão
Procurando respostas
Pra ver que não sonhei em vão
Quanto tempo se passou
Desde o primeiro adeus
Quanto tempo se perdeu
Onde estão os olhos seus?

Inventei mil nomes pra saudade
Esperei mil horas pra chorar
Vi mudar a paisagem
Entre rosas secas e lágrimas
Acredito em anjos caídos
Vejo o amor em rostos inimigos
Quando a dor já parece abrigo
Quando durmo com o peito ferido
Luto com minhas convicções
Quantas almas pode ter uma mulher?
Amor santo
Paixão pagã
Me divido
entre o consciente e o devaneio
O certo e o errado
o bem e o mal
Posso dizer que não há distinção
Aquilo que julgo fruto do meu desejo
Me pode ser o céu ou a perdição
A santidade maculada
Pelo mal da solidão
Não sinto culpa ou remorso
Ardo entre beijos
Arrepio entre dedos
Como poderia me explicar?
Não vejo além de olhos e bocas
Me perco, me prendo
Fujo de me encontrar

Vermelho

Estou num beco sem saída
Acoada pelos olhos lânguidos
Olhos que mudam de cor
Estou entre o beijo e a volúpia
O vermelho paixão e do desejo
Desejo ver além dos seus olhos
Queria ler seu pensamento

De repente sou tomada por uma euforia
Euforia me lembra seu rosto
Seu rosto é paz
Mas como pode ser?
Circulo neste paradoxo
O dsejo se confunde
Me converte em beijos guardados
O rosto tingido de vermelho
Palavras que me tiram o ar

Quão sedutor pode ser um sorriso?
Voluptuosos sorrisos
Não contei, mas sonhei
Tive medo de ser clichê
E entre cada braço e abraço
Me entrego sem saber pra quem

Quem tira a minha paz?
Quantos nomes terei que dizer
Até acertar o seu?