sexta-feira, 20 de junho de 2008

Poema ao poeta morto

Ande sim,
Assim..
Com essa cara de cachorro sem dono
Com esse meio sorriso inteiro
Com a cabeça nas núvens
Sempre amiga dos olhos de fogo
Que tanto sentem saudade
Volte aqui
Para um último gole
E uma última piada sem graça
E não se esqueça do meu abraço
Volte aqui
Que vou contar aquele caso que você não gosta
Mas que só tem graça se vc está por perto
Ande tão a flor da pele
Zeca baleiro
Desafinos ao violão
Mais uma dose
É claro que estamos afim
De passar a noite em claro
Contando casos
Rindo da vida
Ou reclamando de tudo
Mas mesmo de mau humor
Entender o olhar
Seria preciso muito tempo para se construir algo assim
Especial demais
Pra você não preciso explicar
Você pesca no ar
O que quero dizer
Cumplicidade
Lealdade
Amizade
Pra sempre

Um comentário:

Anônimo disse...

Sem comentários,não precisa palavras, adorei....