quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Não dá para ser indiferente
Hoje vi que andei de olhos fechados
e por muito tempo
Desde antes
Era capaz de perceber certas coisas
mas para não me ferir fazia de conta
e nada existia
A existência é algo muito complexo
Queria experimentar a sensação de não existir
Mas presa em mim
passo o tempo tentando recontar uma velha história triste
Ontem fiz algo muito errado
Que nunca vou contar para ninguém
e hoje queria acertar
mas nunca sei consertar nada
Não quero mais nada de mim
a não ser a possibilidade de pensar só no amanhã
Mas me vejo presa num labirinto
que me leva sempre ao passado
Ontem lembrei da morte
e queria não existir
certas lembranças me dão arrepios
Ontem brinquei com a vida
em doses de remédios para dormir
Queria não existir
Mas sonhei ao invés de morrer
Mas se a morte for um sono eterno
de nada vai adiantar
pois sempre que durmo
sonho com o que tento esquecer
Se for pra sonhar eternamente
Prefiro tentar viver

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