segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A vida parece me escapar por entre os dedos
Me apego à um fio de razão
Mas já não há razão para lutar
Tanto desengano, tanto desamor
Sentimentos são brinquedos em mãos egoístas...
Eu quis ser de verdade
Dar o melhor de mim, mostrei minha essência
Desnudei a minha alma e deixei expostas minha carne, minhas fraquezas
Entreguei o meu sacrário
que queimava, ardia, vibrava a cada noite de sua presença
e chora sua ausência agora permanente
Dentro um vazio
Eu quis ser carne, osso, suspiro e desejo
Inventei histórias para ser fugaz
Quis não ter sentimentos mas me traí
Não sei fugir do que sou por dentro
Então a cada dia a armadilha
Um suspiro, um coração que palpitava
e de repente sonhava com o oposto
Eu já não queria a carne
compartilhava com você a minha alma a cada gozo
e buscava nos seus olhos motivos
Acreditei que ali haviam os mesmos desejos
acreditei ver além, fantasiei sentimentos
que hoje são tão meus quanto essa dor que não passa
Essa noite tive um pesadelo, mas eu não dormia
contava cada minuto da sua ausência
Você não vem...
E cada lágrima me lembra que o amor é um sentimento covarde
que zomba da inocência de quem teima acreditar